Naquela época, ser mulher era ser mulher de “alguém”. Não fazia ideia do porquê as minhas mãos serem frias. Com o tempo descobri que era a fome de liberdade. Estou no apocalipse com uma besta de sete cabeças e dez chifres, vestida de púrpura e escarlate, chamada de mãe das abominações, mas no apocalipse só há homens. E eu, uma viúva negra, quero vingar. A minha vingança é envelhecer. Bajubá com a minha língua bifurcada. Não faço a loka. Não sou vaca de presépio.